Apesar de talvez ser cedo ainda, não aguentei a curiosidade e fui verificar "matematicamente" o desempenho da Águia antes e após a mudança do técnico.
- Antes:
Foi o time de maior artilharia do campeonato, marcando 27 gols em 13 partidas com média de 2,08 gols por partida. Até a última rodada sob comando do Valter Ferreira, o segundo maior ataque era do Rio Branco com 21 gols marcados.
Também foi um dos times com pior defesa do campeonato, tendo sofrido 25 gols, numa média de 1,92 gols, quase 2 gols por partida. Em somente duas ocasiões a Águia conseguiu jogar sem levar gols, na 4ª rodada contra América e na 9ª rodada contra o Flamengo (do atual técnico, então no time adversário), ambas as partidas em casa. Esse resultado dá uma média de apenas 15% de eficiência defensiva...
A proporção relativa dos gols pró e contra são 52% e 48% respectivamente.
Fora de casa, venceu apenas uma em 6 partidas, ou seja, uma média de 17% de desempenho favorável fora dos seus domínios. Perdeu por outro lado um dos 7 jogos realizados dentro de casa o que resultou no desligamento do técnico. E empatou 3 vezes, sendo 2 vezes fora de casa e uma vez no Martins Pereira.
Na média geral, a Águia sob comando do Valter Ferreira conseguiu um aproveitamento de 53,8%, conquistando 21 pontos dos 39 e ocupava a 6ª colocação na classificação geral.
- Depois:
Nas 3 partidas que a Águia jogou sob o comando do técnico Edmilson de Jesus, a Águia venceu duas e perdeu uma, um aproveitamento de 67%.
Dessas partidas, uma foi em casa e duas fora de casa sendo uma vitória e uma derrota. Isso dá à Águia uma média de 50% de desempenho favorável fora de casa.
Nesses jogos, a equipe ainda marcou ao todo 4 gols e sofreu apenas 1, com saldo positivo de 3 gols. (No mesmo período, Monte Azul marcou 6 - igualando-se ao São José com total de 31 gols - mas sofreu 5, com saldo de 1 gol, e Rio Branco marcou também 6 e sofreu 2, com saldo de 4 gols.) A média das 3 partidas é de 1,33 gols marcados e 0,33 gols sofridos por partida. As médias decresceram em ambos os quesitos, mas a proporção é muito mais favorável, sendo 80% de gols pró e apenas 20% de gols contra.
De todas as contas feitas, e ciente de que matemática não ganha jogos, o que mais chama a atenção é a queda vetiginosa dos gols sofridos: em 3 partidas tomamos apenas um gol! O que isso significa?...
Desde a troca do técnico, a composição da zaga mudou. Eraldo e Eder Lima cederam a titularidade para Matheus e Ivan. Também entraram na equipe titular o André Luis e Devas. Muito embora talvez o técnico anterior não tenha tido tempo para preparar adequadamente os reforços para aproveitá-los nas partidas, lembro-me das críticas sobre a não escalação dos reforços na equipe titular apesar de eles terem vindo com a promessa de resolver imediatamente a situação... Será somente a presença desses novos jogadores o que mudou o desempenho da nossa defesa? Se isso for verdade, sejamos honestos e aplaudir a escolha do antigo técnico que indicou os atletas certos para o nosso setor defensivo. Em particular, Matheus é um excelente jogador que, sem cometer faltas graves, tem organizado o setor e feito ótimas defesas ao lado da muralha Daniel.
Quanto à "queda de rendimento" do nosso ataque, ainda é muito cedo para opinar. Afinal, a equipe carece de alas e laterais de ofício e meio-de-campo é acanhado pela montagem inicial do elenco, muitos jogadores titulares ainda frequentam o departamento médico para recuperação, e temos jogado praticamente só com Renato Santiago no ataque. Mas acredito no empenho da equipe nos treinamentos para suprir essas deficiências.
Lembro-me da afirmação do técnico Valter Ferreira que teria preferido ganhar um jogo por um placar de 5 x 4 do que por 1 x 0. Só que nunca chegamos a golear de 5, e numa das partidas quem fez 5 contra a nossa frágil defesa foi o Monte Azul do Edson Só, além de cedermos empate por 3 x 3 para o irregular Sorocaba jogando dentro do Martins Pereira.
O atual técnico parece ser exatamente o oposto do seu antecessor: ganhou do União São João pelo placar mínimo e vendeu caro a derrota para o Sertãozinho também pelo placar mínimo... E no final das contas, o mais importante não é o placar, o que importa mesmo são os 3 pontos de cada partida que somados nos levem de volta à série A1.
terça-feira, 7 de abril de 2009
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