sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
TV Águia no Ar!
Hoje, numa dessas andanças, encontrei uma mina de ouro para os torcedores da Águia. Um tocedor nosso, sob a alcunha de "TV Águia", está postando os vídeos sobre as partidas que São José jogou desde 2008. Já tem 13 videos disponíveis (e torço fervorosamente para que continue!) dos quais 5 são de 2008, e 8 deste ano. Desses, um se refere à Copa São Paulo de Juniors, e os demais são da atual Série A2.
Para assistir, o computador tem que ter o plug-in atualizado de Flash (produto gratuito do Adobe), mas o próprio site se encarrega de subir o programa para instalar no seu HD. Ah, e o site é em inglês, mas não há nenhum segredo para escolher o video e assistir, é só clicar sobre a imagem em miniatura de cada video. Não sei a duração desses videos, mas a imagem de abertura é primorosa, denotando muito trabalho e cuidado na compilação.
O endereço do site é TV Águia. Acessem para reviver as emoções que só a Águia (e seus torcedores) podem nos proporcionar.
E quero agradecer ao "TV Águia" por esse presente maravilhoso para toda a torcida joseense!
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Próximo Adversário: FLAMENGO
A partir da segunda troca de técnico ocorrida na Rodada 6 (e a chegada do atual e 4º técnico na Rodada 7), no entanto, o time vem apresentando recuperação impressionante, galgando posições cada vez mais altas e já está coupando a 11ª colocação com 3 vitórias seguidas (duas fora de casa!) somando 11 pontos e apenas à uma vitória de diferença com a Águia.
Veja o resumo do desempenho do Menguinho na tabela abaixo:
1: Flamengo 2 x 2 União São João (gols de Gustavo e Vitor Hugo)
2: Rio Branco 2 x 0 Flamengo
3: Catanduvense 2 x 0 Flamengo
4: Flamengo 2 x 4 União Barbarense (gols de Fernando e Vinicius)
5. Flamengo 1 x 1 São Bernardo (gol de André Luiz "Barata")
6. Comercial 0 x 2 Flamengo (gols de Vinicius e Rodrigo Lopes)
7. Rio Claro 1 x 3 Flamengo (gols de Rodrigo Lopes, Nelson e Andre Luiz "Barata")
8. Flamengo 1 x 0 Rio Preto (gol de Gustavo)
Este é um time que, se no início do campeonato aparentava ter uma das piores defesas, é hoje um dos times que tem justamente na sua defesa a sua melhor arma, sendo destaques o zagueiro Gustavo e os volantes Vinicius e Rodrigo Lopes, tendo inclusive marcado gols para o seu time. Até mesmo o goleiro Marins vem demonstrando ótima recuperação, realizando excelentes defesas e elogiado pela imprensa. É, além disso, um time sem medo de jogar no campo adversário, que não se intimida fácil. Vamos ver como se comportará diante da torcida joseense.
Para o confronto com a Águia no próximo domingo de manhã, o time adversário vem com 3 desfalques por conta do 3º cartão amarelo. São eles Gustavo, Andres (meia) e Rafael (zagueiro). Em termos de contusões, não consegui informações até o momento.
Pelos lados da Águia, não poderemos contar nem com o Tarcisio (volante) que acumulou também 3 cartões e nem com o Ferron (zagueiro), expulso no incidente infeliz da última partida.
É palpite de uma leiga total em assuntos técnicos do futebol... mas arriscaria dizer que o ataque deles não é o seu ponto mais forte, assim a nossa defesa poderá, desde que com bastante atenção! neutralizá-los mesmo sendo deficiente e com desfalque do titular Ferron (pois ainda temos o Pedro Bacha, Edmilson e Alexandre e Referson que até hoje não estreou...) O difícil será destruir o meio de campo deles que está, ao que me parece, bem esruturado, e furar o bloqueio da sua defesa para marcar gols. E, não custa frisar mais uma vez! MUITO CUIDADO nos contra-ataques pelas laterais!!!
Esta é uma dessas partidas cuja palavra de ordem é VENCER OU VENCER!!!
Vamos lá, Águia, mostre a sua FORÇA e GARRA, o seu Talento e a sua Natureza Campeã!
Estatuto do Verdadeiro Torcedor
- Futebol não é festa.
- Futebol não é divertimento.
- Futebol não é um bom lugar para passeio.
- Futebol não é um ambiente saudável, ao contrário, é doentio.
- Evite levar criança ao estádio, a menos que esta seja mais madura que você (no meu caso não é difícil).
- Evite levar mulher ao estádio, a menos que ela seja mais homem que você.
- Evite levar qualquer pessoa ao estádio que não esteja focada na vitória do seu time.
- Não use uma partida de futebol para networking profissional e/ou social. O ideal é que, ao te verem no estádio, todos se envergonhem de você.
- Acredite em você, nas suas impressões e opiniões sobre seu time.
- Despreze completamente a opinião da imprensa esportiva.
- Se você acha que seu time vai ganhar, talvez ele ganhe.
- Se você acha que seu time vai perder, ele vai perder. Vá ao jogo assim mesmo.
- Não deixe que o trabalho atrapalhe o futebol.
- Não deixe que nenhum programa ou compromisso atrapalhe o futebol.
- Não deixe que um romance atrapalhe o futebol.
- Não deixe que nada atrapalhe o futebol.
- Acima do futebol, só a saúde. Ela que te permite viver para o futebol.
- Seu melhor amigo é o seu time.
- Despreze quem não gosta de futebol.
- Ignore quem não gosta de você pelo fato de você gostar de futebol.
- Fique onde você quiser no estádio, ignore os lugares numerados.
- Nunca assista ao jogo ao lado de um torcedor adversário.
- Odeie seu adversário no dia do jogo.
- Identifique seu inimigo e odeie-o todos os dias da sua vida.
- Debata com torcedores adversários verdadeiros, menospreze os farsantes.
- Se um dia você for a um estádio sem alambrado, fosso ou qualquer divisão para o campo, sinta vergonha. O Brasil não é a Inglaterra.
- Não relaxe durante o jogo.
- Evite sorrir durante o jogo.
- Não xingue os jogadores do seu time durante o jogo. Alguns merecem, mas não vai adiantar.
- Xingue a arbitragem em todos os jogos, isso te fará bem.
- Não se esforce por ingressos para torcedores ocasionais e oportunistas. Cuide do seu e dos legítimos habitantes daquele espaço sagrado.
- Refute ser tratado como consumidor, você é apenas torcedor. Por sinal, você é muito mais que consumidor.
- Cuide da sua própria segurança, nunca espere nada da PM.
- Proteja-se da PM.
- Volte do estádio sempre com a sensação do dever cumprido.
autor: Teo (Marco Bressan)
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(Bom, tenho algumas ressalvas a fazer - como nos itens relativos ao "ódio" e conceito sobre mulheres... mas a intenção deste post é compartilhar o bom humor!)
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Rodada 8: Ranking de Público
- São José: 3.246 (*)
- São Bento: 2.549 (incluída a presença de 42 não-pagantes e 300 carnês vendidos antecipadamente)
- União Barbarense: 1.308
- Linense: 1.198
- Rio Branco: 642
- Monte Azul: 501
- Ferroviária: 399 (dos quais uma parte deve ter sido dos torcedores do Comercial, time da mesma cidade)
- Flamengo: 373
- União São João: 318 (não houve prejuízo por que não foi cobrado exame anti-doping)
- América: 100 (prejuízo)
(*) Ingressos vendidos: 2.854; dos quais 98 foram do setor família, estimando-se em um público de 490 espectadores naquele setor.
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Observação: A última segunda feira foi feriado?! Segundo o Estatuto do Torcedor, a FPF devia publicar o boletim financeiro (e a súmula também) até às 14:00 do primeiro dia útil subsequente à realização da partida. Indaguei o ouvidor via formulário do site ao qual o Sr. Edson Ramos da Silva mui gentil e prontamente me respondeu (em plena 3ª feira de carnaval!) dizendo que os boletins seriam publicados nesta 4ª feira logo após o retorno do expediente. Bem, tive que esperar até 14:45 para ter acesso aos boletins...
Administração de um clube de futebol
E, para me situar dentro do contexto Águia-Torcedores, fui reler a entrevista dada pelo presidente do São José, Sr. Hélio Fontes, ao Informativo da Águia (leia a íntegra do artigo neste link), onde o assunto "dívida" foi a tônica das suas declarações.
A questão de dívidas não é assunto cativo apenas dos pequenos clubes do interior, os grandes também têm dívidas (e enormes!) o que não é segredo para ninguém. A sociedade capitalista, aliás, não vive sem fazer dívidas, ou bancos e instituições financeiras não estariam por aí sendo sucesso nas bolsas de valores (por enquanto, quero esquecer a quebra dos bancos americanos que originaram a grave crise que hoje vivemos...)
A questão é, então, como administrar essas dívidas e conviver com elas sem sufoco, e, se preciso for, obter credibilidade no mercado para contração de novas dívidas, com previsão segura e realista para saldá-las. Mas, será que é essa a questão crucial?...
Para poder encontrar o caminho da equação "dívida-desempenho", temos que voltar ao princípio de tudo: qual a vocação de um clube de futebol hoje? Pois se ontem o seu objetivo era um, hoje é outro, bem diferente!
Por imposição das mudanças de hábito e da mentalidade dos povos do mundo inteiro, um clube de futebol hoje, na minha opinião, deixou de ser uma agremiação recreativa apenas para os seus sócios, tornando-se uma verdadeira INDÚSTRIA do segmento de entretenimento.
E uma indústria se insere na sociedade através da produção do seu produto ou serviço para o consumo e satisfação dos seus clientes (consumidores diretos e indiretos), dando emprego a profissionais e obtendo lucro (monetário ou simbólico, emocional) para a própria entidade (ou clube), seus proprietários (ou dirigentes) e seus acionistas (ou sócios). [nota: sobre a impossibilidade de remuneração dos dirigentes, já fiz uma pequena observação a respeito num post anterior.]
Os clubes de futebol, grandes e pequenos do mundo inteiro, passaram ou ainda passam por dificuldades semelhantes às que o São José vive, mas muitos conseguiram reverter essa situação com empenho, ousadia, criatividade e sobretudo com a profissionalização do trabalho gerencial e administrativo. O primeiro exemplo partiu da Inglaterra (com Manchester United) seguido pela Espanha (Barcelona), e aqui no Brasil, a Internacional de Porto Alegre-RS iniciou o seu processo de modernização a partir do início desta década e está dando passos gigantescos no mesmo sentido ("Inter" é o primeiro clube de futebol brasileiro a receber o Certificado de Qualidade ISO 9001).
A linha mestra do trabalho de todos esses clubes foi a mesma: a definição da filosofia da sua existência, definição do seu produto e focalização do segmento dos mercados consumidores, e definição de objetivos e metas - e prazos! - para alcançá-los. E, a partir disso, seguir fielmente o estabelecido, usando as modernas ferramentas de controle, correção e aprimoramento das ações.
E, colocada desta forma, fica claro que a questão central de um clube de futebol não é a dívida, mas a forma de administrar o clube como uma empresa, com objetivos e resultados estabelecidos, e dentro da sua vocação como entidade, onde a dívida NÃO faz parte da definição.
Em outras palavras: se o desempenho do clube melhora como um todo, a dívida como consequência fica administrável, e não o inverso.
Guardadas as devidas proporções (pois somos "apenas" um pequeno clube, mas também de poucas dívidas em valor absoluto, e com uma das torcidas mais fiéis e apaixonadas do interior!), e sendo o caminho idêntico para entidades de qualquer tamanho ou natureza, QUERIA MUITO ver da atual diretoria do São José um documento - ou qualquer indício palpável - COMPROVANDO que o clube está no mesmo caminho desses bem sucedidos exemplos.
Se futebol é "paixão" para a totalidade dos seus fãs, a administração de um clube que vive dessa paixão não pode ficar entregue à mesma emoção, cega e imediatista, pois o capitalismo hodierno já não comporta amadorismo nem perdoa falta de iniciativas. Porém, ainda menos aceitável é o distanciamento ou escamoteamento dessa administração aos olhos dos seus Torcedores, que são os principais e os mais importantes consumidores (e, por que não? PARCEIROS!) do seu produto, que é a qualidade e o desempenho do seu futebol.
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Adendo: Independentemente do que acabo de falar neste post, temos no Estatuto do Torcedor (Lei Federal nº 10.671) a seguinte disposição relativa à relação do clube com os seus torcedores:
CAPÍTULO IX
DA RELAÇÃO COM A ENTIDADE DE PRÁTICA DESPORTIVA
Art. 33. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, cada entidade de prática desportiva fará publicar documento que contemple as diretrizes básicas de seu relacionamento com os torcedores, disciplinando, obrigatoriamente:
I - o acesso ao estádio e aos locais de venda dos ingressos;
II - mecanismos de transparência financeira da entidade, inclusive com disposições relativas à realização de auditorias independentes, observado o disposto no art. 46-A da Lei no 9.615, de 24 de março de 1998; e
III - a comunicação entre o torcedor e a entidade de prática desportiva.
Parágrafo único. A comunicação entre o torcedor e a entidade de prática desportiva de que trata o inciso III do caput poderá, dentre outras medidas, ocorrer mediante:
I - a instalação de uma ouvidoria estável;
II - a constituição de um órgão consultivo formado por torcedores não-sócios; ou
III - reconhecimento da figura do sócio-torcedor, com direitos mais restritos que os dos demais sócios.
[nota: negritos por minha conta]segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Site do São José
Mas acabo de receber uma informação e estou modificando o texto original para dizer que:
o site do SÃO JOSÉ ESPORTE CLUBE já se encontra em construção, com endereço já disponível.
O endereço do site da Águia é http://www.saojoseec.com.br/ , ainda sem conteúdo. Mas, salve-o desde já nos Favoritos do seu navegador, pois muito em breve teremos um canal de informações direto da fonte e de contato com seus dirigentes.
Antes tarde do que nunca! Na era da informática, nenhuma entidade terá visibilidade no mercado sem um sítio eletrônico. Mais uma vez, felicito a direção que tomou a iniciativa de montar o site.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Futebol - Um "Negócio" Difícil
Há alguns meses atrás, num outro blog (onde falo de tudo um pouco) abordei essa questão, que resolvi reproduzir aqui. Os leitores tenham, por favor, em mente que o texto foi escrito durante a nossa péssima campanha na última Copa Paulista (copa FPF) de 2008.
"Futebol - Um "Negócio" Difícil...
Futebol... devia ser apenas uma opção de laser para o grande público, e fonte de alegrias para os voluntários dirigentes do clube. Mas a realidade não é bem assim, principalmente para os clubes pequenos do interior. A sua maioria está atolada em dívidas, poucas empresas se interessam em patrociná-las, poucos torcedores cuja bilheteria não paga os salários dos seus jogadores, o pouco de renda ainda é desviado para bolsos de dirigentes inescrupulosos, ou é gasto sem planejamento ou definição de prioridades...
Acompanho um desses clubes do interior paulista, e nos quase dez anos não me lembro de ter tido momentos de euforia justificada. Culpa de quem?... Sou uma completa e total ignorante dos meandros do mundo de esportes, mas a situação atual do meu clube chegou a tal ponto que me fez pensar a respeito dos motivos por que esse esporte tão apaixonante não consegue se firmar como uma industria séria e lucrativa para TODOS (e não apenas para os "grandes".)
Legislação:
Penso que, antes de tudo, a legislação atual que aí está desfavorece terrivelmente esses pequenos clubes que não conseguiram até hoje pensar em termos empresariais. Muitos clubes, para escapar à sua própria ignorância na gestão empresarial aplicada, tentam terceirizar o futebol para as empresas "especializadas" em gerenciar um time. Desconheço um clube do interior que tenha tido sucesso, com exceção do Guaratinguetá (mas, até quando?) [nota: tem também o São Caetano e outros... mas nunca acompanhei muito esses clubes] O meu clube faz parte do universo que teve experiência desastrosa com uma dessas empresas. A que terceirizou o nosso futebol, ao invés de salvá-lo, afundou o clube para divisão inferior e se retirou da cidade em menos de um ano, sem uma justificativa, uma palavra. Na cidade vizinha, o nosso rival amarga a rescisão contratual com uma outra empresa que igualmente afundou o time, e nem saldou a sua parte financeira (e há muitos outros tristes exemplos como o do Matonense...) Quem sabe, uma empresa de estrutura mais sólida e ou com capital estrangeiro consiga lograr uma boa gestão, mas essas não se interessam pelos pequenos...
Há uma incongruência na vocação de um clube e seu time de futebol: o clube é, pela sua definição, uma entidade sem fins lucrativos, enquanto que o seu time é um verdadeiro sorvedouro de verbas e, ao mesmo tempo, um gerador de rendas sem tamanho (se bem sucedido, claro!) Como esperar que os dirigentes sem remuneração e sem dedicação exclusiva pensem em gerir um "negócio" do tamanho de futebol, de fazer disso um negócio viável e rentável? E essa é outra "falha" da lei: ela impede a esses clubes de remunerarem os seus dirigentes. Os clubes, na sua origem, são associações sem fins lucrativos, e portanto obedecem ao Código Civil que não permite a remuneração da sua diretoria.
Entretanto, é permitido contratar e remunerar funcionários. Assim, a grande falha também é do clube que não contrata um profissional competente para dirigir o seu futebol, que é uma atividade COM fins lucrativos. O motivo é a mentalidade dos dirigentes do interior que não consegue se modernizar com a rapidez que o capitalismo atual exige de todos... Somente o tradicional "amor à camisa" não dirige um clube de futebol, e incompetência ou ganância sem escrúpulos favorecem a corrupção, desvio de verbas, amadorismo, compadrismo e... fracasso.
Salários e outras despesas:
Outra "falha" - conjuntural - é a escalada sideral dos salários dos jogadores e técnicos. Sob ponto de vista do atleta que não tem vida útil muito longa, talvez fosse justificável ganhar 3 ou 4 vezes mais que os profissionais de outras atividades, da mesma faixa etária (e isso, para atletas apenas medianos para medíocres). Afinal, o atleta tem que ganhar em 10 anos o que outros ganham em 30, e ainda fazer um pé-de-meia para períodos em que ficam inativos e sem clubes. Mas esse valor salarial é proibitivo para a maioria dos clubes do interior; como pagar uma folha salarial de mais de 100 ou até 200 mil reais somente com a renda das bilheterias? E essa folha de pagamento é "só isso" porque esses clubes são da segunda categoria! A complementação viria da propaganda nos estádios e nos uniformes, mas mesmo esses valores não são significativos para cobrir toda a despesa mensal que vai muito além da folha de pagamento: são material esportivo, transporte, hospedagem e alimentação da equipe, aquisição e manutenção dos equipamentos empregados, remédios e internações... Enquanto que ainda há o agravante de que as empresas não se interessam em patrocinar um time fadado ao fracasso. Quem gostaria de ter o seu nome associado a um fracassado?
Federação, Calendário e Mídia:
Ainda outra falha: o calendário dos campeonatos não é favorável para manter as atividades regulares durante todo o ano. Um campeonato tem duração de 4,5 meses - para clubes que chegam às fases finais - e normalmente há apenas dois campeonatos (da categoria profssional) ao ano disponíveis para clubes pequenos. Para esses clubes que estão com dificuldades financeiras, não é possível manter a sua equipe nos períodos de entressafra quando não há jogos. Assim, os contratos com os atletas, e muitas vezes com a própria comissão técnica, cobrem apenas o período do campeonato. Se um clube é eliminado no meio da competição, os atletas são dispensados antes mesmo do término do seu contrato. Desse modo, o prejuízo é de todos: dos atletas que ficam desempregados e sem onde treinar, dos clubes que têm de recomeçar do zero a cada temporada, e dos torcedores que a cada campeonato têm de conhecer um time novo e desconhecido. E, de quebra, essa realidade trouxe uma total falta de identidade dos jogadores com o seu clube, deste com eles e também dos torcedores com seus jogadores. Os jogadores já não sabem mais o que é "ter amor à camisa", a sua "paixão" pela casa dura apenas o período da duração do contrato. Assim, eles jogam tão somente pelo dinheiro, e não sentem o menor pejo em trocar de emprego, mesmo durante o campeonato de tão curta duração.
Esses contratos "relâmpagos" ainda impedem um clube de obter algum lucro com a "venda" de jogadores de bom desempenho, pois basta ao jogador esperar o fim do seu contrato para assinar com novo clube, sem que o anterior possa reivindicar qualquer participação. A lei garante um repasse da parte do valor obtido nas vendas, mas apenas àquele clube que revelou o jogador, ou apenas quando essa venda é devidamente documentada, como é o caso de venda a um clube do exterior. O meu clube já teve alguns jogadores bons e excelentes. Mas porque não foi o clube onde o atleta iniciou a sua carreira, nunca viu um tostão por parte deles, enquanto eles subiam de notoriedade e no valor de "passe". Muitos ainda foram jogar no exterior depois de uma temporada aqui. Se alguém ganhou algo com isso, não foi o meu clube.
Quanto à Federação Estadual de Futebol, essa está nas mãos dos "cartolas", outro vício que teima em manter o status quo e não se interessa em promover o futebol na sua veradeira vocação democrática: o esporte dos multidões.
E a Mídia - esse verdadeiro 4º Poder que influi decisivamente na opinião pública e tem papel fundamental na condução do destino da nação - não se dá ao trabalho de olhar para a "ralé", buscam ao contrário focalizar cada vez mais os clubes "grandes" elitizando esse esporte que é mantido pela paixão. Como um pequeno clube do interior conseguiria conquistar os torcedores se a mídia não abre espaço para eles?
Por onde começar a mudança?
E qual seria a solução para tantos fatores desfavoráveis? Penso que ela começa com a ATITUDE dos dirigentes do clube. Essa atitude inclui: honestidade, empenho e coragem, e sobretudo TRANSPARÊNCIA e COMPETÊNCIA NA ESCOLHA dos seus auxiliares. A capacidade de planejar a médio e a longo prazos também é imprescindível, mas esse planejamento pode ser feito em conjunto com os profissionais da área que tiverem contratado. Desnecessário frisar que esse planejamento tem que obrigatoriamente incluir a estruturação e manutenção de uma Categoria de Base realmente muito boa e forte.
Claro que lutar contra as muitas dívidas é uma dificuldade imensa e por vezes até desanimadora. Mas, embora muito árduo, o trabalho não é impossível. Para recuperar a confiança da comunidade empresarial que normalmente recusa ajudar um clube de muitas histórias ignominiosas, os dirigentes têm que demonstrar a sua boa índole, capacidade e intenção com muita transparência. E com a divulgação dos planos verdadeiramente exequíveis de reerguimento do clube e acenando com recuperação do capital a prazos não irreais, não haveria empresário que, após cálculos com seus travesseiros, não aceda a ajudar um clube local, ainda mais se esse clube representar a cidade sendo seu cartão de visitas.
Essa é a minha muito pobre análise e minha opinião... Mas vou tentar destrinchar cada um desses tópicos nos próximos posts."
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Agora que o São José, com sua boa campanha neste início da temporada 2009, consegue atrair mais torcedores aos estádios, ganha mais espaço nos veículos de comunicação e traz mais patrocinadores para maior folga financeira, quero parabenizar essa diretoria que conseguiu devolver à cidade esse momento de alegria em pouco mais de um ano à frente do clube.
No entanto, futebol é um "negócio difícil", o momento atual pode ser efêmero se não cuidar de consolidar as conquistas e se estruturar enquanto há esse clima favorável ao clube e seu time.
Rodada 8: Súmula da partida
Local: Estádio Martins Pereira (SJC)
Data e Hora: 21/fev/2009 19:00
Árbitros: Thiago Silva Egídio; Itamar Donizete Antonelli; José Renato Cabral; Camilo Moraes Zarpatão
Escalação São José:
1. Daniel
2. Eraldo
3. Ferron
4. Eder Lima
5. Flavio
6. Tarcisio
7. Léo
8. Gilson
9. Alex Cortes
10. Willian Baiano
11. Michel
12. Gustavo
13. Pedro Bacha
14. Alexandre
15. Fabio
16. Juninho
17. Rodrigo Pardal
18. Renato Santiago
Gols:
07:00 (Sorocaba) Leandro Diniz (Leandro Jorge Diniz - 10)
24:00 (Sorocaba) Leandro Diniz (10)
34:00 (São José) Ferron (3)
59:00 (São José) Luizão (Luiz Fernando Golçalves da Silva - 3) "Contra"
60:00 (Sorocaba) Givanildo (Givanildo Pereira de Souza - 8)
89:00 (São José) Renato Santiago (18)
Cartões Amarelos:
- São José: 3 (Tarcisio, Gilson e Eder Lima)
- Sorocaba: 4
Cartão Vermelho:
-São José: 1 - Ferron
Total de faltas cometidas:
- São José: 20
- Sorocaba: 19
Substituições São José:
- no intervalo, sai Gilson (8) entra Renato Santiago (18)
- 56:00 - sai Willian Baiano (10) entra Rodrigo Pardal (17)
- 61:00 - sai Eraldo (2) entra Alexandre (14)
Ocorrências assinaladas:
- aos 71:00 um chinelo foi arremessado; o autor foi identificado como sendo André Luiz Andrade que foi conduzido para a delegacia para registro do Boletim de Ocorrência;
- aos 78:00 paralisação do jogo por 27 minutos devido à ausência da ambulância que levou o jogador do Sorocaba ao hospital.
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Que interessante: nesta súmula, o 4º árbitro assinalou os tempos de bola rolando como sendo 30 segundos no 1º tempo e 28 segundos no 2º tempo, com total de 0 (zero) minuto de bola em jogo! que gafe! rs, ele confundiu os minutos com segundos!
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Boletim Financeiro:
Ingressos vendidos: 2.854 (*)
Renda Bruta: R$ 23.630,00
Despesas: R$ 8.864,50
Renda Líquida: R$ 14.765,50
(*) equivale a 3.246 espectadores pagantes, distrubuídos em:
- 1.204 meia arquibancada;
- 1.375 arquibancada;
- 54 meia cadeira lateral;
- 39 cadeira lateral;
- 48 meia cadeira central;
- 36 cadeira central;
- 98 setor família, estimando-se em 490 pessoas (5 pessoas por ingresso).