Alteração... necessária?

Eu sou uma total ignorante do futebol e seus meandros, mas gosto de elucubrar sobre a natureza humana envolvida nas competições esportivas... E pensando na personalidade do técnico, nas dos jogadores, e nas suas qualidades e deficiências, chego à conclusão de que "ainda há tempo de mudar o comando deste time" e que essa mudança poderá ser mais benéfica do que maléfica para o desempenho da equipe de agora até o final deste campeonato.

A minha conclusão se baseia nas seguintes observações:

1) Valter Ferreira é um homem teimoso; ele idealizou desde o início um esquema tático "diferente" que poderia surpreender os adversários e ganhar partidas difíceis; mas passadas as primeiras surpresas, o seu esquema caiu no lugar comum, ninguém mais se surpreende e, ao contrário, todos se aproveitam das deficiências no setor defensivo do esquema, para fazer gols. E só o técnico insiste nesse esquema, e nada indica que ele cederá à pressão e mudar o sistema, o que me faz imaginar um futuro sombrio para o restante do campeonato.

2) O esquema tático do técnico, para dar certo, requer jogadores excepcionais tanto na defesa como no meio-de-campo, jogadores que sejam SUPER-versáteis, SUPER-atentos, SUPER-velozes e SUPER-inteligentes. Mas os jogadores que ele trouxe não são super-homens (e nem os jogadores de casa que, aliás, são sub-utilizados); podem ter muita garra e vontade, mas não conseguem estar ao mesmo tempo em todos os lugares, dão muitas cabeçadas entre si e acabam por cansar-se e perder a concentração no meio da partida (ou, desde o início, por liderança frágil que não cosnegue organizar a equipe em campo.) Esse desempenho tem suscitado muitas críticas tanto dos torcedores como da imprensa, o que está minando a sua tranquilidade, autocontrole, autoconfiança e auto-estima. Como resultado, isso pode vir a comprometer a coesão e cooperativismo da equipe como um todo... E o nosso técnico não parece ser um homem ideal para dar reforço positivo de afeição e encorajamento para esses jogadores, evitando a crise antes de se instalar. (Se ele fosse um homem com essas habilidades, seria também, seguramente, mais flexível às mudanças...)

3) O técnico, à semelhança de qualquer outro, é "refém" das suas próprias escolhas; não lutou pela permanência do Ricardo Villa ou do André Bilinha (que hoje fazem parte do clube mais sólido deste cameponato), prefere sempre dar oportunidade aos jogadores por ele indicados - que não chegam a ser totalmente ruins, não, mas que precisam ser melhor orientados e ou melhor posicionados - em detrimento dos jogadores "de casa" ou vindos por indicação de outrem. Com isso, tenho visto escalações "pobres" ou substituições esdrúxulas para o 2º tempo... Um técnico que NÃO tenha montado esse time, terá maior liberdade tanto para mudar o esquema tático como para escalar o time com as peças que tiver herdado.

A mudança, penso que já devia ter acontecido, mas ainda há tempo, uma vez que ainda estamos dentro do G8. Mudar o comando depois que tivermos caído fora do G8, (tomara que não!) só vai dificultar ainda mais a reabilitação da equipe dentro da competição, pois só restam mais 7 jogos para fechar a 1ª fase. O campeonato - e particularmente este! - exige rapidez de raciocínio e de decisão, não só dentro do campo mas também fora dele. Se temos na diretoria a firme vontade de subir à divisão da elite, creio que agora é a hora de tomar essa decisão, claro, a favor ou contra a permanência do atual técnico.

Só que, se optarem pela permanência do técnico, há a necessidade mais que imperiosa e urgente de repensar no esquema tático até hoje tão vulnerável!

E se optarem pela mudança, a decisão também tem que ser urgente, pois alguns técnicos de renome estão sem equipe e avaliando as várias possibilidades que apareceram nesta semana no mercado, e se queremos o melhor deles para a Águia, não há um minuto a perder, ou eles acabarão por fechar com outras equipes, nossas adversárias ou de outras divisões...

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" Hoje no Mercado dos treinadores... ainda temos dando sopa profissionais como o Luis Carlos Martins, Vágner Benazzi e Guilherme Macuglia. Mas temos também alguns ultrapassados e outros que nunca vingaram: Ivo Secchi, Luis Carlos Ferreira, Carbone, Toninho Cobra e Gian Rodrigues.

Ou tirar algum treinador de seu clube.... de repente!!! "

por Celso Gomes